É impossível negar que 50 Tons de
Cinza ainda movimenta o mercado editorial. Prova desse fato é que, nas
primeiras duas semanas de vendas nos Estados Unidos, já eram mais de 1 milhão
de cópias vendidas – entre livros físicos, áudio books e e-books – do quarto
volume da saga intitulado “Grey” (E.L. James, 2015, Editora Vintage Anchor, 576 p.). A edição brasileira, apesar de ser a maior pré-venda do ano,
só chega ao país nessa sexta-feira (18 de setembro) pela Editora Intrínseca.
Li o livro original em língua inglesa para o Portal Sua Estante e aproveito para dividir a resenha com vocês.
Grey - Cinquenta Tons de Cinza pelos Olhos de Christian / E.L. James
O novo livro aborda, pelo olhar do magnata Christian Grey, o enredo do primeiro volume da trilogia 50 Tons de Cinza. O mundo do precoce empresário de sucesso é, por falta de uma palavra melhor, tedioso. Exercer controle sobre tudo da maneira que Christian deseja faz com que seu cotidiano seja sem graça. Porém, as coisas mudam quando a estudante Anastasia Steele, substituindo a amiga no jornal da universidade, adentra seu escritório para entrevistá-lo. A partir deste momento, a vida de Grey ganha cores com sua obsessão em transformar a ingenua estudante em sua submissa.
Não vou me ater as polêmicas que
essa temática gerou, que em minha opinião são um tanto exageradas. O problema
desse novo livro é ser praticamente uma transcrição fiel do primeiro volume da
trilogia. A autora perdeu uma excelente oportunidade de tornar um enredo
mediano em um conteúdo mais profundo.
Acredito que não seria esperar
demais que um roteiro mundialmente famoso fosse melhor desenvolvido nessa nova
empreitada. A escritora Tammara Webber alcançou esse feito com o New Adult “Breakable” (2014, Editora Verus, 364 p.) – sendo o ponto de
vista alternativo do bem escrito, mas beirando o clichê “Easy” (2013, Editora Verus, 306 p.) – foi convertido em uma
trama intensa e relevante.
Sai a saltitante deusa interior
de Anastasia e entra um inseguro Christian que repete a exaustão essas três
frases: “Ela não vai aceitar. Talvez ela aceite. Foco, Grey!” – na vigésima vez
que essas orações aparecem nessa mesma ordem eu já estava tão entediada quanto
o protagonista. Exceto três cenas extra que não acrescentam absolutamente nada
– uma com o irmão, outra com a irmã e uma terceira com Elena, a ex dominadora –
o único bom acréscimo é o curto diálogo de Grey com o Dr. Flynn, seu terapeuta,
já no final do livro.
Se a autora tivesse modificado
toda a narrativa para simular que Christian estivesse contando os
acontecimentos para seu psicólogo, o enredo teria ganho a profundidade
necessária e proporcionado o tipo de livro que esse protagonista complexo
merecia.
Oi Tatiana, tudo bem?
ResponderExcluirEu não sou contra e nem a favor da trilogia 50 tons, uma que gosto de ler livros do gênero, eu só acho que não tinha necessidade de ter sido 3 livros. Acho que um único livro daria para contar a história toda sem a enrolação. Também ainda não assisti o filme, vou esperar passar no telecine e ainda não sei se vou ler a versão dele, talvez por curiosidade.Mas não será prioridade.
Bjos
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Olá Kênia! Tudo joia?
ExcluirEu gosto do gênero também, mas esse quarto volume foi um dos piores que já li. A autora poderia ter se esforçado minimamente ... me pareceu um pouco de descaso com os fãs.
Beijos!
Oi Tatiana!
ResponderExcluirEu juro que tentei ler esse livro do Grey, afinal, eu li a trilogia 50 Tons.
Mas não sei o que aconteceu, não consegui sair do capítulo 2, aí eu parei.
Talvez no futuro, mas agora só achei 'mais do mesmo' e meio apelativo, uma visão bem machista da coisa.
Beijos
http://estante-da-ale.blogspot.com.br/
Oi Alessandra!
ExcluirAdmito que se não tivesse me comprometido em lê-lo para um portal que sou parceria, eu certamente iria abandonar esse livro. Depreciou a trilogia original.
Beijos!
Oi Tati, tudo bem? Eu amei sua análise da obra, e concordo completamente com sua opinião a respeito de obras que abordam o enredo com diferentes pontos de vista.
ResponderExcluirSobre 50 tons, eu li a trilogia, gostei da história achei diferente, de uma forma inusitada. Em minha opinião, a melhor coisa que 50 tons fez enquanto obra literária, foi o despertar de mulheres de diferentes idades para a leitura. Qdo soube do lançamento de Grey, fiquei com raiva, pois pra mim, é desnecessário.
Beijos
http://lua-literaria.blogspot.com.br/
Oi Tati, gostei muito de sua análise e concordo com tudooo haha Li a trilogia e não gostei, talvez o primeiro tenha sido o menos ruim dos três, mas realmente acho a escrita da autora mt fraca e pobre. Por isso não tenho nenhum interesse em ler mais esse livro dela, para mim essa trilogia já deu o que tinha que dar rsrs
ResponderExcluirBeijos <3
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