Big Eyes
Estreia: 2014
Duração: 105 minutos
Direção: Tim Burton
Sinopse: Cinebiografia sobre a pintora Margaret Keane
(Amy Adams, “Julie & Julia”), tão famosa por seus retratos
de crianças com olhos grandes e assustadores,
quanto por sua luta na justiça contra o
próprio marido Walter Keane (Christoph Waltz, “Bastardos Inglórios”), já que o também pintor afirmava ser o verdadeiro autor de suas
obras.
Sobre o filme:
”Os anos 50 eram ótimos se você fosse homem”.
Não tem frase de abertura melhor
para sintetizar a essência desse filme sobre a história real de Margaret Keane,
interpretada por uma quase irrecorrível Amy Adams em uma das suas melhores
atuações, que nada lembra suas personagens anteriores em comédias românticas.
Na verdade, esse drama não remete
a nenhum outro filme do Tim Burton também, então não espere o estilo bizarro
característico que consagrou o diretor em “Edward, mãos de tesouras” ou o
“Cavaleiro sem cabeça” (John Deep nem participa desse!...rsrsrs).
O quesito mais excêntrico fica a
cargo dos retratos das meninas com grandes olhos que marcaram toda a obra da
artista. Esses grandes olhos são tão esteticamente semelhantes a animação “A
Noiva Cadáver”(2005), do mesmo diretor, que fica praticamente impossível não
pensar que Burton se inspirou em Margaret para criar seu mundo morbidamente
extraordinário. Acredito que ao se aprofundar na vida da sua inspiradora,
Burton se deparou com um história de vida
que ultrapassou os limites de suas famosas
pinturas, a alçando a símbolo do movimento
feminista.
E o diretor tinha razão, esse
enredo baseado em fatos reais era realmente digno de um excelente filme!
Ao separar-se do primeiro marido,
Margaret se encontra na situação típica das mulheres dessa época que, ao se
beneficiar do recém adquirido direito de pedirem o divórcio, se veem sem
recursos financeiros, sofrem preconceito para se reposicionarem no mercado de
trabalho e, mesmo superando essas dificuldades, são atormentadas pelas ameaças
reais de perderem a guarda de seus filhos.
Essa
falta de uma rede de suporte, somada ao receio de perder a filha, facilitaram a
rápida infiltração de Walter Keane
em sua vida. Apenas pela presença de Christoph Waltz como o segundo marido da pintora
já vale a pena assistir o filme. Ele,
sem se esforçar, assume a responsabilidade de
ditar o ritmo do longa com seu narcisista escroque Walter Keane, trazendo o drama mesclado com uma boa
pitada cômica.
A visão que o filme traz não se limita a questão da mulher na
sociedade, que produziu essa situação absurda em que a artista foi obrigada e
ludibriada a se submeter, abrindo mão, por
décadas, da autoria de suas
obras. Também critica o mercado de artes ao dar, apropriadamente, grande parte
do crédito do sucesso dos retratos das meninas com grandes olhos, a lábia do
sedutor Walter na promoção tanto das obras, quanto de sua própria pessoa. Ser
um vendedor realmente era seu verdadeiro talento e o marketing ganhou uma
enorme importância para artistas do mundo inteiro ... será que teríamos um
famoso Romero Britto sem as lições que Walter Keane deixou?
Muito bom! |
outra vez as mulheres lutando contra o sistema, adorei o enredo do filme, parece ser bem forte, mas que vale a pena, gostei muito!
ResponderExcluirBlog Entre Ver e Viver
Oi Tatiana! Eu amei esse filme!!! Eu adoro a Amy Adams e adorei a interpretação dela. A história é muito boa. As obras da Margaret eram lindas e ela merecia ter tido mais reconhecimento por isso. Foi uma sacanagem o que aquele homem fez com ela.
ResponderExcluirBeijinhos!
Oie, tudo bem? O que é esse filme? Fiquei curiosa quando vi o nome da Amy, desde que ela fez Encantada e Casa comigo virou uma das minhas atrizes preferidas. A história é incrível e por ser baseada em fatos reais o deixou ainda mais interessante. Assisti o trailer e já anotei na minha lista para ver no final de semana. Ótima indicação com certeza. Beijos, Érika *-*
ResponderExcluirSOCORRO. Por que eu ainda não assisti esse filme? Adoro filmes baseados em fatos reais, ainda mais quando abordam essa questão do papel da mulher em outras décadas. AMEI sua resenha e já vou assistir ao filme. O figurino parece ser uma coisa de louco também e esses quadro maravilhosos? Obrigada mesmo pela indicação <3
ResponderExcluirOi, fiquei curiosa de ver esse filme. Os anos 50 sempre são retratados como anos dourados, mas é raro ver um filme sobre a dificuldade da mulher naquele tempo com o preconceito e tal, amei a resenha!
ResponderExcluirBeijos, Gi.
Blog About Girls
Me parece ser um ótimo filme.
ResponderExcluirGostaria de saber como foi o desfecho dessa história, se ela conseguiu provar que os quadros eram dela.
Beijos
O filme parece ser muito bom, fiquei com vontade de ver e a caracterização da Amy Adams está ótima, nem parece ela!
ResponderExcluirVou procurar pra poder assistir!
Beijos
Nossa, esse filme parece muuuuito bom!! Curti demais mesmo, uma pena que nao tem na netflix, mas vou baixar
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